Depois instala-se o caos. A dúvida. Os pesadelos. A confusão mental. O medo. O arrependimento. Os remorsos. A vontade. O desejo enfraquecido de dizer "não". Não voltar a enfiar o pé na argola, de nunca mais meter a pata na poça, nem o dedo na ferida. Até porque a ferida demora sempre (muito) tempo a fechar, mesmo que já não doa. Há que desenvolver uma estratégia completa e cortar o mal pela raíz. Acreditar no clishé "Longe da vista, longe do coração.", que nem sempre resulta mas vale (sempre) a pena tentar. Não telefonar. Não atender. Não escutar. Não ver. Não sentir. Não marcar encontros. Não repetir a dose, e principalmente... Não voltar a cair. Não, não e não! Sai sempre caro, e é um vicio para o qual não foi inventado nenhum antidoto eficaz.
É que o amor faz-nos voar, ainda que não tenhamos asas.
E mesmo que as tivessemos... também ele as cortou.
Ninguém cortou tuas asas, só acha que estão cortadas. Mas essas asas logo logo crescem.
ResponderExcluir"também ele as cortou"
ResponderExcluirconcordo plenamente amor.
mt estimulante este texto.
bjao :*