Vem-me, então, um terror sarcástico da vida, um desalento que passa os limites da minha individualidade consciente. Sei que fui erro e descaminho, que nunca vivi, que existi somente porque enchi tempo com consciência e pensamento. E a minha sensação de mim é a de quem acorda depois de um sono cheio de sonhos reais,
ou a de quem é liberto,
por um terremoto, da luz pouca do cárcere a que se habituara.
Ás vezes me sinto assim também.
ResponderExcluirCom a liberdade cedida por um terremóto indesejável.
Mas eu estava satisfeita com aquela pouca luz.
Vai enteder néh?