14.10.10

Desassossego.

Vem-me, então, um terror sarcástico da vida, um desalento que passa os limites da minha individualidade consciente. Sei que fui erro e descaminho, que nunca vivi, que existi somente porque enchi tempo com consciência e pensamento. E a minha sensação de mim é a de quem acorda depois de um sono cheio de sonhos reais,
ou a de quem é liberto,
por um terremoto, da luz pouca do cárcere a que se habituara.

Um comentário:

  1. Ás vezes me sinto assim também.

    Com a liberdade cedida por um terremóto indesejável.
    Mas eu estava satisfeita com aquela pouca luz.

    Vai enteder néh?

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