18.8.10

Amanhã.

Parei por aqui.
Agora, honestamente.
E me encontrei aqui fazendo planos para o meu nada.

Eu falo de morte como falo de amor e de vida, são versões da mesma história, história que inventei e não deu certo, deixei de acreditar.
Na verdade, eu tinha preparado e organizado tudo, estava tudo combinado, ajeitado da melhor forma para que fosse uma vida feliz, mas a deformidade foi maior e venceu.
O estranho me envolveu e eu caí de cama.
Não quero, tenho preguiça de pensar que pode ser de novo, e eu não tenho o direito de me desapontar ainda mais.

Sou cruel demais com os outros, minto, traio, mas comigo mesma preciso ser leal.
Meu corpo está povoado por verdades sobre mim que não preciso e nem quero mostrar.
Se eu pudesse fazer um pedido, eu pediria pra viver, fora isso não quero pedir nada.
Não quero mais o que tem em volta, quero fazer parte de uma notícia do passado e gostaria muito que me esquecessem.

Eu precisava tanto ir embora, e queria alguém que me pegasse pela mão e mostrasse o caminho. É confuso.
Porque também queria ir sozinha.


Quero anotar aqui uma coisa boa pro meu futuro.. mais deixa pra amanhã.
Amanhã.

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