20.8.10

Só.

Sozinha porque um cobertor
não é uma companhia.

Ela, então, estava sozinha
de novo – outra vez.

Sozinha e com várias pessoas
em volta
dela – sozinha.

As festas não faziam diferença.
Os amigos não faziam diferença.
Os copos e garrafas não faziam diferença.
Nem os bichos de pelúcia,
nem a barra de chocolate,
nem os livros.
Ela estava sozinha e nunca
ninguém – alguém –
poderia mudar isso.
A não ser que ele voltasse.
- Mas ele gosta de ficar sozinho.
É, ele gosta:
ele.

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