23.7.10

Memoria embaraçada.


Nada mudou. Tu continuaste distante e eu continuei a tentar aceitar a tua distância. Não me restava outra alternativa. Agora que eu queria seguir e tinha motivos e meios para tal, não consigo, porque existe neste presente momento o que não existia quando o tempo assim o necessitava. Todo o meu sangue teima em queimar o teu nome em mim, constantemente dou por mim a tentar sufocá-lo, mas torna-se tão doente como cortes nas veias principais do coração, rasgo-me, magoou-me e privo-me sempre do que não devia. És como a doença esquematicamente estudada, foste o gênio da turma na disciplina do amor, e eu acabei por ser chumbada por não ter saído vitoriosa como tu. Lamento seriamente todos os gritos feitos com o teu nome no ar, à procura do que na verdade não sabia, gastei os teus caracteres em nuvens e sois demasiado farruscos, não lhe chamo de perda de tempo, a sério, não chamo, e mesmo os pensamentos equilibrados na balança amorosa da mente, o teu nome pesara mais quee o meu próprio, mas não foi perdido, nenhum relógio partiu-se, nem o conseguiria partir, porque ainda cá estás. Transpiro o teu nome, grito-o na almofada algumas noites, tentando destruir a idéia de que poderás voltar.

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