5.7.10

Sempre ali.

Sempre ali. Sentada. Conversando, escutando música, sorrindo, vendo o céu, vivendo.Sou um observador. Mas não observei.Todas as manhãs, ensolaradas ou não, lá está ela, sempre no mesmo lugar. Cada intervalo, cada minuto, mais vontade... mais vontade...Eu a amo. Contudo, um amor estranho. Um amor que mesmo distante, sem o toque, sem o olhar, cresce cada vez mais. E quando não a vejo, sentada ali, naquele lugar.Começo a imaginar, a pensar. Cadê você? Aquele lugar fica vazio, sem cor. Desespero. Olho para todos os lados e nada. Vou nas salas, nos corredores, na biblioteca, e até mesmo na área restrita. Nada.No outro dia, lá está você, imprevisível, utópica, misteriosa. Acaba o dia. E sonho. Você está em todos os meus sonhos. Não sei se algum dia vou falar, declarar, decretar, que você é exilir de vida, da minha.Eu a amo, e ela não sabe. Apenas imagino cada minuto nós deitados na praia, brincando no campo, caminhando no deserto, mergulhando no oceano, voando na atmosfera infinita.Novamente, estou sentado, no mesmo banco, com as mesmas pessoas. E volto a olhar, ou a pensar, se você veio ou não. Você torna meu dia mais feliz com um sorriso, felicidade pura, felicidade concreta, felicidade eterna.Fico feliz de você amar a vida. Obrigado por estar sempre ali, sorrindo. Mas um dia espero que me veja, e sinta na pele e nos olhos, a verdade.Você não me conhece. Sempre ali. Sentada. Eu não existo, mas eu a amo...


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