5.3.10

Realidade cruel.

...nós fabricávamos o amor apartir do zero, no deslumbramento silencioso de um adeus que subitamente descobrisse as coisas de que era capaz. Amávamo-nos como se o amor fosse apenas um suplente íntimo dessa revolução que nunca mais chegava. (...) Muitas vezes desejei que nos tivessem esquecido ali para sempre. (...) E tive-te, atrás do espelho, todas as manhãs da minha vida. Porque foi sempre para ti que me quis mais bonita, mesmo nos dias escuros. É em ti que penso, quando escolho a roupa ou escovo o cabelo, todos os dias. Na possibilidade de te encontrar, no acaso de uma esquina.

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